As vendas por meio da internet devem garantir às principais redes de varejo um crescimento porcentual superior ao das lojas físicas em 2009, apesar dos percalços provocados pela crise internacional. De olho na tendência de crescimento do comércio eletrônico, as redes estabelecidas estão reestruturando suas operações online e novas entram em operação.
Empresas com capital aberto na Bolsa de Valores de São Paulo, como Ponto Frio (Globex) e Extra (do Grupo Pão de Açúcar), além de outras, como Casas Bahia, Wal-Mart, Magazines Luiza e Pernambucanas, tentam avançar sobre a líder absoluta do mercado, a B2W, que reúne os portais de venda Submarino e Americanas.com. Até setembro de 2008, a B2W respondia por mais da metade do faturamento do setor.
Preços mais atrativos
Os concorrentes estão focando sua expansão no e-commerce em itens como linha branca, eletrodomésticos e eletrônicos. As empresas aproveitam negociações de compra para as lojas físicas para oferecer preços mais atrativos na tentativa de fidelizar clientes na internet. Segundo uma fonte do setor de comércio, a B2W oferece mais de 200 mil itens, enquanto outras lojas têm, em média, entre 5 mil e 10 mil.
Enfrentando uma forte desaceleração nas vendas de suas lojas físicas, as operações online do Ponto Frio ganharam vigor após o processo de reestruturação, encerrado em agosto do ano passado. Entre as mudanças feitas pela nova equipe de executivos estão a alteração no layout do site, a otimização da base de clientes e estratégias segmentadas de marketing.
Já os negócios online do Magazine Luiza alcançaram 13% do total da receita. Em 2008, as vendas por meio da internet da companhia cresceram 56% sobre 2007 e atingiram um faturamento de R$ 411 milhões. O gerente geral de e-commerce do Magazine Luiza, Francisco Donato, destaca que foi desenvolvido um núcleo de compras para colocar no portal os produtos mais procurados, conforme o perfil dos consumidores. Para 2009, a companhia espera aumentar em 50% suas vendas online.
Segundo a empresa de monitoramento de comércio eletrônico e-bit, o setor deve crescer entre 20% e 25% em 2009, superando pela primeira vez a barreira dos R$ 10 bilhões em faturamento.
Fonte: SEM Brasil